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01 de outubro

Jogadores de futebol e funcionários do Corinthians garantem mais de R$4 milhões em dívidas trabalhistas

Segundo a Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2), o Corinthians deverá pagar dívidas trabalhistas com cálculos condenatórios homologados e  sem a possibilidade de recurso. O valor equivale a 72 relações mensais, aproximadamente, R$65,9 mil.

As parcelas serão destinadas à sete processos judiciais que atingem um montante de R$ 4.746.012,12. Dois deles pertencem a ex-jogadores: Ibson, contratado em 2013, e Marcos Vinicius, zagueiro que atuou no Campeonato Brasileiro de 2005.

Como garantia, o Corinthians firmou um contrato de 8 milhões, para patrocinar a Gaming Jogos Eletrônicos Eireli, empresa que estampa sua marca na camisa do time masculino.

O contrato com a patrocinadora, no entanto, é de cinco anos. Como o acordo de pagamento da dívida foi dividido em seis anos, o clube acrescentou quatro matrículas de imóveis que compõem o Parque São Jorge.

As negociações que culminaram no compromisso de pagamento das execuções concentradas foram baseadas na Lei 14193 de 6 de agosto de 2021, que regula o Clube-Empresa, e lideradas pelo desembargador-corregedor Sergio Pinto Martins, da Corregedoria Regional do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2). Pelo Corinthians, esteve à frente o diretor executivo por Herói Vicente.

Desta maneira, o  time teve concedida, a liberação de quaisquer bloqueio de valores ou penhora relacionados a estes processos, o que traz ao clube alívio para o fluxo de caixa.

Em exclusiva para o veículo Gazeta Esportiva, o Corinthians comentou sobre o acordo realizado em âmbito judicial, e mencionou os benefícios adquiridos por meio ele, como a possibilidade do clube equacionar melhor suas receitas x despesas, superar a crise econômica evitando a continuidade de bloqueios judiciais nas contas do clube e honrar o pagamento das suas dívidas, de forma parcelada e em até seis anos para liquidação.

A proposta ofertada pela corregedoria veio ao encontro da política e dos objetivos da nova diretoria do Corinthians, que tem como propósito, realizar um planejamento financeiro estruturado e eficaz para equilibrar as dívidas do clube. O acordo ainda permite que o clube realize a manutenção dos postos de trabalho e mantenha o pagamento dos prestadores de serviço em dia.

Sobre a possibilidade de fazer novos acordos concentrados, como este, o Corinthians se colocou disposto a avaliar.

O não cumprimento do acordo, poderá levar à busca, constrição e expropriação dos bens do Corinthians, na tentativa de cumprir o pagamento dos valores devidos na dívida consolidada.

Representantes do Corinthians e da corregedoria do TRT-2 deram início às conversas em maio. Foram quatro meses de negociações,  para que o acordo fosse concretizado.

Também em contato com a Gazeta Esportiva, o desembargador-corregedor Sergio Pinto Martins revelou que o Corinthians ainda pode incluir novos processos no acordo assinado há uma semana. "A ideia é que eles comecem a pagar um valor menor e, depois, um valor maior, justamente para atender alguns processos que estão em curso e poderiam ser incluídos no plano", afirmou ele.

Fonte: Assessoria BFP Advogados com informações do Gazeta Esportiva

Imagem: Agência Corinthians