O atleta Adryelson está liberado para assinar com outros clubes. A Justiça do Trabalho publicou a decisão em que autoriza o zagueiro a "se transferir provisoriamente" e determina que Sport emita o atestado de liberação provisória dos direitos federativos do prata da casa.
O Rubro-negro havia solicitado uma audiência conciliatória, que aconteceu na 16ª Vara do Trabalho do Recife, mas não houve consenso entre as partes.
A audiência no Recife.
Adryelson esteve presente na audiência acompanhado de seu advogado. O representante explica que chegaram a discutir valores, mas não encontraram um denominador comum.
“Qualquer oferta financeira não resultaria em um pagamento imediato. Chegou a se falar de valores, mas por ética profissional não entro em detalhes. Estava muito longe a expectativa e a oferta. Como eram muito distantes, a juíza percebeu que não haveria consenso”, afirma.
Apesar disso, o advogado não descarta um acordo entre as partes no futuro. “A decisão final vai ser mais para definir o valor. Não impede que no futuro a gente entre em acordo com o Sport. Temos um relacionamento bom”.
A decisão detalha que o Sport diz ter sofrido os efeitos da pandemia da Covid-19 e reconhece ser devedor de algumas parcelas, mas que fez um acordo para quitação dessas pendências ao ceder 40% dos direitos ao próprio zagueiro. Na sequência, porém, reforça que o clube não formalizou o ajuste relatado.
Na sequência da ata, a juíza Ana Catarina Magalhães de Andrade Sá Leitão diz que "não há dúvidas" que o clube não estava em dia com salários, direito de imagem, FGTS e contribuições previdenciárias. Agora, a ação segue na Justiça para a determinar a dimensão da dívida.
Detalhamento dos valores
CLT: R$ 269.865,74 (agosto e 13º de 2019, março e 13º 2020, dezembro, março, maio e junho de 2021);
IMAGEM: R$ 418.375,00 (setembro de 2019, janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho 2020, março, maio e junho de 2021);
FGTS: R$ 124.912,00 (2019, 2020, janeiro a junho de 2021).
O Sport deve cerca de R$ 1 milhão em salários para Adryelson, desde 2019. Ele cobra esse montante e os valores integrais até o fim do contrato - que seria em 2023.
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